Queridos Leitores,

Você sabe o que é “burnout”? Quais os sintomas? Por que estamos falando sobre o assunto? E, principalmente como evitar?

Conhecida também como Síndrome de Burnout ou, em uma tradução livre para o português, como Síndrome do Esgotamento Profissional, tratasse de um transtorno psíquico de caráter depressivo, com sintomas parecidos com os do estresse, da ansiedade e da síndrome do pânico, mas ao qual os especialistas percebem a associação com a jornada profissional da pessoa.

Desde o dia 1º de janeiro de 2022, ela foi incorporada à lista das doenças ocupacionais reconhecidas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Assim, os indivíduos diagnosticados (inclusive no Brasil) passam a ter as mesmas garantias trabalhistas e previdenciárias previstas para as demais doenças do trabalho.

O trabalhador diagnosticado com a Síndrome de Burnout terá direito a 15 dias de afastamento remunerado. Acima desse período, receberá o benefício previdenciário pago pelo INSS – o auxílio-doença acidentário, que garante a estabilidade provisória, ou seja, este indivíduo não poderá ser dispensado sem justa causa nos 12 meses após o seu retorno.

Quais os Principais Sintomas?

Os sintomas mais comuns costumam ser cansaço crônico, sensação de que não descansou mesmo após dormir, dores de cabeça frequentes, produtividade reduzida, pessimismo, raiva, lapsos de memória, distúrbios alimentares, entre outros. Eles servem como alerta de que o estilo de vida profissional do paciente precisa mudar de alguma forma, senão, sua saúde física e mental ficará cada vez mais comprometida. A síndrome pode ser agravada pelas condições de trabalho da atualidade, com o excesso de tecnologia e aumento da pressão por resultados.

Por que falar sobre o assunto?

Um estudo da International Stress Management Association (Isma) revela que o Brasil ocupa o segundo lugar em número de casos diagnosticados, superado apenas pelo Japão, onde 70% da população é afetada pelo problema. Um outro estudo, da Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), cita que, aproximadamente 30% dos trabalhadores brasileiros sofrem com a síndrome. Como podemos ver, assim como a ansiedade, o “burnout” é considerada também uma das doenças do século XXI.

Como Evitar?

Vou dar algumas dicas para você equilibrar mais a sua vida profissional e não chegar ao seu limite doente:

  1. Respeite seus limites – Cada um de nós suporta uma carga horária de trabalho. Além disso temos que saber dizer “não” e negociar prazos apertados;
  2. Organize prioridades – A maioria das pessoas são “bombeiros”, ou seja, apagam incêndios que aparecem no dia a dia. Quanto mais você trabalhar nas prioridades, mais resultados dará para a empresa;
  3. Primeiros sinais – Acima colocamos os principais sintomas. Quanto antes você buscar ajuda, mais cedo terá acesso ao tratamento. Evite deixar a “corda arrebentar”;
  4. Ambientes e chefes tóxicos – Esse é considerado uma das principais causas dessa doença. Sabemos que temos que trabalhar, mas se você ficar doente, não servirá para empresa nenhuma. Se não há a possibilidade de mudar o chefe ou a cultura da empresa, MUDE VOCÊ!
  5. Nenhum CNPJ vale um CPF – Se você não se cuidar e não se amar, pode ter certeza de que a empresa não fará isso. A sua principal prioridade deve ser a sua saúde: mental, corporal e espiritual.

Quer evitar o “burnout”? Conte comigo!

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