Por Cássia Morato

O mundo dos negócios tem sido cada vez mais impactado pela presença feminina exercendo as mais diversas funções.

E é claro que num ambiente pós pandemia, que se caracteriza por mudanças  aceleradas e que  está impregnado de incertezas, algumas habilidades assumem uma importância maior.

Cada vez mais as empresas colocam a assertividade como um requisito para as mulheres em cargo de gestão.

E eu percebo que embora esta seja uma tendência reconhecida pela mulheres, ainda há muita confusão a respeito de como responder a esta demanda, inclusive porque falta clareza sobre o que significa este termo na prática.

Se formos consultar o dicionário, vamos encontrar que o termo assertividade origina-se de asserção, fazer asserção quer dizer afirmar, do latim “afirmare”, tornar firme, consolidar, confirmar e declarar com firmeza.

Então nós mulheres precisamos ampliar a nossa clareza sobre o que significa ser assertiva no mundo dos negócios atualmente.

No meu ponto de vista, a mulher tem mais dificuldades de se afirmar não é por não saber o que quer, ou por ter dúvidas acerca de qual objetivo deseja alcançar e sim por sentir temor de se colocar e não ser ouvida ou considerada por seus pares, liderados e superiores.

Então a assertividade demanda não apenas objetividade, mas também convicção e coragem.

Ser objetiva significa saber manter o foco apenas e unicamente naquilo que interessa para obter um melhor resultado, em dado momento, diante de uma circunstância específica.

Ex: Ao lidar com um problema numa reunião de trabalho, o mais apropriado é se ater apenas ao assunto em questão, evitando tornar a reunião uma sessão de lavação de roupa suja, o que drena a energia das pessoas e contribui para que se perca o foco naquilo que realmente interessa.

Ter convicção se refere a conhecer e defender aquilo que você realmente acredita que seja crucial para superar um obstáculo sem precisar abrir mão dos seus valores. Aqui, as crenças são muito importantes e é preciso que você esteja pronta para defendê-las publicamente sempre alinhando seus valores pessoais com valores do negócio em que você trabalha.

Ex: Se a empresa deseja implantar um projeto de diversidade e se recusa a contratar profissionais transgêneros, a convicção de que coerência e congruência são princípios que serão testados na implantação do projeto deve contribuir para nortear as discussões com foco na solução e não na polêmica.

Ter coragem para se colocar e fazer o que deve ser feito é sem dúvida um atributo da assertividade, mas que só funciona bem quando é aplicado com transparência e precedido de uma comunicação clara, em que o diálogo resultou em um pacto claro.

Ex: Reunião de feedback com profissional antes de demiti-lo. Demitir alguém deve ser um momento que gera contribuição para a carreira do funcionário a ser desligado, e se posicionar a respeito do fato gerador é possível e é uma responsabilidade de quem ocupa um cargo de liderança.

Agora o mais importante de tudo é que a assertividade é fruto de autoconsciência e de exercício para se tornar objetiva, sem precisar transigir seus valores, parecer rude ou fria.

É claro que este exercício pede que você se desafie continuamente para avançar.

Então conte aqui embaixo como você vê a aplicação destes três aspectos num mundo que ainda tem em cargos de média e alta administração uma imensa maioria masculina?

Cássia Morato é Treinadora Corporativa, Mentora de Treinadores Corporativos, Escritora e Palestrante Internacional.

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